terça-feira, agosto 04, 2009
A polêmica guarda 50-50 (ffity-fifty)
O Jiu-Jitsu chegou no Brasil há quase um século. Desde que o japonês Conde Koma ensinou a arte suave para Carlos Gracie, o Jiu-Jitsu vem se desenvolvendo a passos largos. Com o crescimento do número de competições, e de atletas, todo ano o esporte é agraciado com uma nova posição. Foi assim que surgiu a meia-guarda de Roberto Gordo, a omoplata de Nino Schembri, a guarda De La Riva, que leva o nome de seu criador, a guarda aranha, e agora a guarda conhecida como fifty-fifty (50-50).
Os principais campeonatos de Jiu-Jitsu sempre trazem novidades. Novas posições, finalizações incríveis, guardas intransponíveis... E é justamente uma guarda que tem tirado o sono de muitos lutadores. Apresentada ao mundo pelos faixas-pretas Bruno Frazzato, Rafael e Guilherme Mendes, a guarda 50-50 (ffity-fifty) vem gerando muita polêmica, uma vez que ainda não encontraram uma forma de passar essa guarda. Uns apontam como evolução, outros como amarração, e justamente por isso fomos atrás dos envolvidos para tentar esclarecer esta nova posição.
“Estudamos e aprimoramos variações dela, e estamos mais habituados aquela situação que os outros atletas, mas acho ela tão eficiente quanto outros ataques de outras guardas que costumamos fazer”, garante Rafael Mendes, prontamente rebatido por Fábio Gurgel, líder da Alliance. “Eficiência nesse caso é muito relativa. Para quê? Ela pode ser eficiente para evitar que seu adversário passe a guarda ou para segurar um resultado, mas pode não ser tão eficiente se você estiver perdendo a luta”, retrucou o faixa-preta.
Comprido defende a polêmica guarda 50-50
Bicampeão mundial absoluto de Jiu-Jitsu e treinador de Brock Lesnar, Rodrigo Comprido acredita que as pessoas têm que parar de reclamar e aprender a passar a guarda.
“São garotos que estão indo para cima e desenvolvendo posições novas, e eu acho engraçado que nego não sabe defender a posição e acha que é ruim ou querem banir... Tudo foi assim, cara... Eu lembro da guarda aranha há dez anos, não sabiam defender e ficavam falando que era amarração, e hoje é uma ferramenta fortíssima de guarda. Primeiro eles têm que aprender a passar a guarda que os Mendes fazem, o que vai ajudar no desenvolvimento de novas posições... Você não é bom? Então deixa o cara raspar”, comentou Comprido.
Para Fábio Gurgel, líder da Alliance, a eficiência da posição é contestável. “Eficiência nesse caso é muito relativa. Para quê? Ela pode ser eficiente para evitar que seu adversário passe a guarda ou para segurar um resultado, mas pode não ser tão eficiente se você estiver perdendo a luta”, comentou o faixa-preta.
Para quem não conhece, ta aí a luta do Rafael Mendes contra o Cobrinha no mundial profissional.








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